terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Atraso no concurso do estádio


O concurso para a remodelação do Estádio dos Barreiros sofreu um atraso, pois um dos cinco concorrentes afirma que foi afastado do concurso ilegalmente derivado de um simples formalismo.
No Tribunal, entrou uma providência cautelar na passada sexta-feira, sendo que o consórcio quer ser readmitido pois alega que apresentou a proposta mais vantajosa.

3 comentários:

Anónimo disse...

O atraso até pode ser positivo para o Marítimo. A empresa preterida (por faltar uma assinatura num papel) diz ter a proposta melhor e mais barata... Sendo assim, terá o Marítimo tudo a ganhar ao juntar esta proposta ao concurso. O video:

http://br.youtube.com/watch?v=B1Qfa5ydA-k

Anónimo disse...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_dos_Barreiros

Tem umas fotos do projecto.

Anónimo disse...

Estádio dos Barreiros

Mais algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros:
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas terá surtido efeito pelo que, aparentemente, terá sido reintegrada à condição, até a decisão do tribunal. Afinal, com o benefício do Marítimo pois sabe-se que será a proposta mais barata.
Não se entende mesmo a razão de tal afastamento. Afinal quantas mais propostas sobre a mesa, mais haveria por onde escolher. Nem sequer colhia a justificação da falta do tal documento (entre milhares) com menos uma assinatura. Assinatura que podia ser recolhida em qualquer momento, por simples opção do Júri, que poderia dar um prazo para o efeito ficando, naquela altura a análise documental suspensa até a regularização da situação. Era possível e, do ponto de vista do Marítimo, vantajoso. Mistérios insondáveis que estarão por detrás da opção (inicial) do Júri.
Entretanto, a hipotética proposta anunciada como a mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos mil euros por metro quadrado fazem dessa proposta (retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes) uma má proposta, quer para o Marítimo (que ficaria com uma instalação mínima), quer para os contribuintes e Governo Regional (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Haverá, a concurso, algumas propostas de construção a valores pouco acima dos seiscentos euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (é uma alternativa e não uma variante à proposta base) não se enquadra, legalmente, no concurso público que é de construção (só podem ser aceites variantes ao projecto base – do Marítimo) e não de concepção-construção (única situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos, como fez o Nacional).
Esta foi uma boa opção do Marítimo, definindo em projecto o que pretendia - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para os outros espaços, comerciais, como queria o Presidente do Governo (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse Mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Evitando o exemplo do adversário regional que enfrenta um futuro difícil face aos custos de manutenção do seu espaço poderem se tornar incomportáveis quando os recursos públicos se reduzirem ou estancarem. Será provavelmente por isto, que algumas forças e lóbis conotados com a Choupana têm lutado contra um projecto comercial nos Barreiros. Para garantirem que também o Marítimo terá a dependência que não puderam evitar na sua opção.
Este processo deverá ser validado logo que se concretize a assinatura do acordo da cedência do terreno do actual Estádio dos Barreiros que já está agendado.
O atraso esteve ligado ao facto do registo do terreno, realizado há alguns meses, estar incorrecto, pois terá alargado inutilmente a todo o terreno (30mil m2) as condicionantes e limitações de uso do mesmo (uso desportivo exclusivo) só aplicável a uma parte do mesmo (17mil m2). Como comprova diversa documentação, referente à cedência do terreno ao Estado (Junta Geral) nos anos 50 do século passado, já na posse das entidades financiadoras e da competente (D R Património) para o efeito.
A alteração do registo do prédio a ceder é determinante para que o Estádio dos Barreiros não seja (mais) um elefante branco. Não sendo feita essa alteração (e mantida a restrição “desportiva” para toda a sua área, terá vencido a posição de algum empreiteiro e do seu lóbi no departamento governamental do sector das obras e dos defensores do elefante branco (para não haver diferenciação do Nacional). E, em simultâneo, uma “facada” nas costas do Marítimo e nas do Presidente do Governo Regional, que sempre pugnou por um Estádio Comercial (que é possível sem ser às custas do Governo) que liberte recursos para a sua manutenção.